quarta-feira, agosto 26, 2009

Borboleta

Perguntam voçês e muito bem...30 anos...e agora?

Epá e agora....sei lá...está quase realmente...está demasiado quase!!
O cerco começa a apertar-se para as raparigas da minha idade. Começa a mãe a dizer para ter atenção, a avó a revelar tristeza por não ter visto ainda um neto, e nós a olharmos à volta e a questionarmo-nos o que está errado?!?!

Sim, são 30 anos...30!!! Os 20 já lá vão, e com eles aquela imagem de que há tempo...há tempo para tudo...e na verdade é assim que uma trintona como eu ainda se sente...o problema é o peso que o mundo começa a colocar sobre os ombros de quem tem 30 e ainda pensa como uma pessoa de 20.

É como se estivésse na hora de fechar algumas portas e de abrir outras. De fazer planos sólidos como pedras que se afundam no chão e não apenas de voar com a leveza de uma borboleta que agita as suas asas ao sabor do vento.

O vento já começou a soprar com força, e a borboleta já sente a direcção para onde ele sopra, mas só ela o sente... o vento, só a ela soprou o seu destino, as flores em redor não sabem onde ela vai pousar, ou se vai sequer pousar...

...ah...mas a borborleta sabe...e por isso voa...

terça-feira, agosto 25, 2009

sempre de sorriso e boa disposição!

fixação!!



Tive o prazer de conhecer este Sr. no Festival de Artes tribais e Tradicionais...no Ameixial... Foi realmente um prazer e será a partir de agora uma inspiração!!!
Está decidido, vou aprender didgeridoo!!!!

quarta-feira, agosto 19, 2009

muros

(...) entre duas pessoas que se amam surgem constantemente muros invisíveis que, embora não acabem com a vontade de abraçar, impedem que esses abraços aconteçam. É o que acontece, por exemplo, com uma simples discussão por um motivo absurdo qualquer. O muro cresce... até que um dos dois tenha a coragem de o demolir.

In, "Não compreendo as mulheres"

....Caramba... estes muros ás vezes são autênticas montanhas intransponíveis...algumas nem numa vida inteira se consegue ultrapassar.
No entanto sem dúvida que o prazer do abraço que quebra o muro é um sentimento forte e pelo qual se deve sempre lutar.

sexta-feira, agosto 07, 2009

um clássico

http://www.youtube.com/watch?v=vhG8zC4npsE
O encanto que é uma boa noite de conversa misturada com um pouco de beleza e simpatia...Quero mais :D

quarta-feira, agosto 05, 2009

Guia

O que custa não é o que está para a frente...essa parte não sabemos, não me assusta...
Não é a escuridão,
o vazio ou o incerto.
Não é a dúvida
Não é a insegurança

É o que fica que eu lamento
É o largar
É ter andado a dar laços e nós a todas as pontas soltas para agora as ter de desatar
É aguentar as pedras da barragem que construí em torno do lago que tenho no peito
É o abraço, as mãos, o sorriso e o coração torcido
São as noticias no ar
É a ausência
É a distância

Já percorri este caminho antes
Nessa altura a barragem jorrou
mas os laços já estavam quebrados
Foi para aprender a refazê-los que parti
E agora que os atei tão bem o mar chama de novo
e o rio que sou para lá vai seguir

Não é um início, uma aventura, um caminho por percorrer
Não é um objectivo,
não é uma fuga,
não é uma busca
Na verdade não é nada
É apenas o repisar de algo que conheço, que sabia que teria de repetir
Que queria repetir mesmo sem o querer...
Adornei-o de mais encanto
de mais brilho,
de mais mistério para ver se me convence.

Guia do meu caminho e dos outros
É este o teu destino
Encaminhar, seguir, amparar, e ter de largar.

Não o lamento.
É uma escolha feita sem mim, embora por minha escolha a siga.
Nada me prende, nada me orienta, não tenho objectivos ou rumos
Sigo...

...Vincos de nós esticados esticados sob a pele
Estiquei-os ao máximo para que não possam ser desatados,
embora apertem
embora marquem
Prefiro senti-los, escondidos sob a pele,
Fingir que os desato...

...ainda não aprendi a largar...mas tenho de seguir

terça-feira, agosto 04, 2009

Abarcar o mundo

É frequente sentir que estou a dar-me demais, que não messo as consequências e dou os passos sempre grandes demais para as pernas que tenho, e que por isso acabo por me desiquilibrar sobre mim mesma e cair numa pancada seca.

A liberdade tem destas coisas...ás vezes sentimo-nos tão livres, e queremos tanto abarcar o mundo e as pessoas fantásticas que conhecemos, que mais parece que lhes estamos a sugar a energia com toda a nossa sôfrega oferta e vontade de as conhecer e absorver.

Onde se situa o limite da nossa actuação!? Será demais convidar alguém que mal se conhece, mas que se tem curiosidade em conhecer melhor, para um café? Será isso mal entendido?

Alguém entra em contacto connosco e nós, afávelmente abrimos os braços e procuramos o convívio, oferecemos a nossa companhia e procuramos a do próximo...até que ponto não o devemos fazer? Parecerá sempre que nos estamos a oferecer!?

Teremos mesmo de ser sempre contidos, ou mostrar-nos desinteressados para que os outros nos procurem mais? Porque não simplesmente mostrar que simpatizámos com alguém e mostrá-lo!? Porquê que sempre que isto acontece com o sexo oposto é confundido com algo que não tem nada a ver com uma simples amizade!? ou será que só a mim me parece que é entendido assim?

Estarei assim tão confusa e disponível para abraçar o próximo que isso se torna demais?

...bem diz o ditado:" quando a esmola é demais o santo desconfia" ... :( ... onde está a fé na boa vontade?!? Na pureza dos sentimentos? .....baaaahhh