quinta-feira, dezembro 30, 2010

Mais um roubo...o último...mas tinha mesmo de ser!!!

Inteligência é o maior afrodisíaco que um homem pode oferecer...

Nem de longe é a beleza de um homem que encanta a mulher. Para a sorte de vocês (ou azar, vai saber...), nosso barato é diferente, e pode ser definido, entre outras coisas, como "virilidade". Essa definição tem muito pouco a ver com coçadas supostamente discretas nos testículos, cuspidelas na sarjeta ou exaltação do sistema nervoso diante de 22 homens suados correndo no gramado, imbuídos do espírito de encaçapar a gorduchinha.

Vai muito além da testosterona exacerbada.

Tem a ver com autoconfiança, sempre. E com perspicácia, qualidade muito rara num homem. Ou você pensou que seria fácil? Não ligamos pra barriga, careca ou pneuzinhos, até porque sabemos muito bem que nada disso atrapalha, tanto quanto o seu oposto pode ser absolutamente desprovido de encantos se não vier acompanhado de um perfil psicológico substancioso. Mas o que afinal de contas isso quer dizer, nunca te explicaram. Então lá vai.

Voltemos à virilidade.

Acho que poucas coisas nesta vida são mais eróticas e provocantes do que a inteligência. E quem a tem também possui senso de humor - porque somente os inteligentes não levam nada muito a sério e sabem se divertir mesmo com as intermináveis chatices cotidianas. Então temos inteligência e senso de humor, que somados à malícia (outro atributo dos neurologicamente privilegiados) arrebatam as mulheres e tornam um homem ainda maior aos nossos olhos. Porque não basta pregar a gente na parede. Isso todo ser munido de um bom falo é capaz. É preciso, para se diferenciar da varonil multidão, despertar nosso impulso primitivo racionalmente ativável.

Eternamente alunas.

Vocês olham uma mulher e pensam: "Meu Deus, que peitos, que nádegas, que cinturinha escultural, que boca mais lasciva...", e já começa o devaneio e o desejo de abater.
Nós, não. É impossível uma mulher (minimamente inteligente, claro) olhar para um homem esteticamente interessante e, sem nenhuma conversa, desejar ser invadida. Não. Eis aqui a diferença: nosso desejo de invasão não prescinde do intelecto (você já deve ter presenciado o olhar admirado e sensual das alunas de um grande professor). É preciso passar primeiro pela porta da razão para chegar à porta da alegria. E quanto melhor for o instrumento pensante do sujeito, maiores as chances de acolhida de um outro também interessante e mais mecânico agente.

Porque mulher gosta mesmo é de ser surpreendida, e isso só acontece quando se depara com alguém mais esperto do que ela. Todos sabem o jogo que estão jogando, esse interminável gato-atrás-do-rato que motiva nossa vidinha. E é preciso reconhecer as suas regras, o que requer maturidade. Homem que baba demais, no chance. Os que bajulam e não convencem, também. Os cafas, cruz-credo! A gente tem olho clínico pra eles e passa longe quando os vê. Os demasiadamente (ou precipitadamente) românticos têm grande chance de morrer na praia, porque acaba o desafio. Os posudos e pretensiosos não duram mais do que uma noite. Restam então os inteligentes.

Estes, sim, sabem do que somos feitas. E sabem que, por trás de toda empáfia, vaidade ou sedução, está um bichinho indefeso em busca de acolhimento, louco por um colo. A virilidade está nisso, na consciência masculina de que não somos assustadoras nem lascivas, mas apenas mulherzinhas assustadas e ávidas por um olhar que nos descubra. E nos devore, de preferência.


(Autoria dada a Kika Salvi)

...mais um furto!

tuas palavras, que eu nem ouço...

Tua atenção, que existe só por necessidade tua de mim, é tão somente suficiente quanto tuas palavras lançadas sem motivo algum apenas para embalar-me em teus braços, quando insistes em me convencer que sou tua, que somos iguais, que o que vivemos é belo.

Michele S.B.

Furto de outro blog...

A provocação é uma prova de intimidade.
A gente agride apenas quem é capaz de nos perdoar.

(Fabrício Carpinejar)

terça-feira, dezembro 28, 2010

Como nos filmes!

Foi só naquele momento que me apercebi da realidade dos factos.

Naquele momento, por uns breves instantes deixei de ouvir os ruidos da rua senti-me dentro de um filme! Vi o mundo de cima, aproximei-me do brasil, de são paulo e afundei em mim mesma, sozinha, no meio de uma rua de um bairro de São Paulo com uma senhora ao lado que desconhecia e que me perguntava, com aquele sentimento de protecção que as mães têm espelhado nos olhos:
- Mas voçê tem família aqui?
- Não...
- ...e amigos?
- ...Não...conheço umas pessoas...
- ...e veio para aqui fazer o quê?
- Vim trabalhar!
- Mas tem trabalho?
- Não...
- ...hum...Eu vou-lhe deixar o meu número de telefone prô caso di voçê precisar, anote ai...

...Ainda não me tinha apercebido do que é estar assim...

Imaginei os emigrantes...que sensação!

...felizmente tudo passa...

...e tudo passou quase no mesmo instante em que começou!! :D

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Baila comigo - Shangrilá

Uma letra linda...

Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio
Viver pelado, pintado de verde num eterno domingo
Ser um bicho preguiça e espantar turista

E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol

Se Deus quiser um dia acabo voando
Tão banal, assim como um pardal, meio de contrabando
Desviar de estilingue, deixar que me xinguem
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, banho de sol

Baila comigo, como se baila na tribo
Baila comigo, lá no meu esconderijo

Se Deus quiser um dia eu viro semente
E quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente
E na primavera vou brotar na terra
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol

Se Deus quiser um dia eu morro bem velha
Na hora "H" quando a bomba estourar quero ver da janela
E entrar no pacote de camarote.

Se me der na telha sou capaz
De enlouquecer
E mandar tudo pr´aquele lugar
E fugir com você pra Shangrilá
E me deixar levar
Por um beijo eterno
Por seu corpo envolvente
Mais quente que o inferno

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Chega de Saudade

Já chegou...e eu fiquei.
30 anos passaram, quase 31. As expectativas e as possibilidades continuam cada vez mais altas, e o mundo continua enorme, mas eu, hoje, sinto-me pequenina e presa na liberdade que conquistei.

Continua por lá...e eu por cá andei.
1 ano passou, 12 meses certos desde que o mundo nos reaproximou. Mas o meu mundo continua enorme, e é tão dificil sair do circulo que instintivamente traço vezes sem conta à volta dele.

Ainda aqui estou...e por cá vou ter de permanecer.
10 meses passaram, quase 11. Tudo continua no lugar mas eu já não sei onde isso é, esse meu lugar, o meu lugar...estou sem abrigo, sem poiso, sem rota, sem raizes, sem nada... estou sozinha (e não estou)...mais uma vez...e mais uma vez por escolha minha, por saber tão bem o que quero e por não saber absolutamente nada do que realmente preciso.

Sou um reboliço, um monte de emoções, de conquistas e de perdas, de caminhos e encruzilhadas. Sou tudo e não sou nada. Sei o caminho e nele me perco vezes sem conta só por vontade de mais uma vez ir à procura de sei-lá-o-quê. Estou e não estou, quero e não quero, tenho e não tenho, preciso e não preciso, encontro e desencontro...Será possível existir mesmo alguém que na verdade não existe?

Chegou a hora de me encontrar, de me re-encontrar ou então de me perder de vez, de entrar de uma vez por todas no eixo que me faz rodar ou então de o partir e assumir o desgoverno do que sou.

Nada de penas ou piedades...conquistei a minha vida e nela vou sempre ser tudo o que sou. Tudo e nada.

...e há outros...

...há outros em que as palavras estão tão cheias que incham o meu corpo de pensamentos que de tão altos me sinto surda...

...nestes dias, prefiro apenas aceitar, calar, e esperar que os arrepios que as vibrações das palavras me provocam não me denunciem...

...pelo meio aproveito e vou comer, que com fome não se consegue pensar!