terça-feira, junho 30, 2009

As marés e os marinheiros

Ás vezes acordamos bem dispostos...outras, com aquele humor de cortar à faca!

Hoje estou bem disposta, mas o mau humor de um outro alguém mostrou-me como ás vezes a combinação dos astros pode ser de tal forma caótica que nos confunde a mente e depois, nós, Seres Humanos já de si confusos e influenciáveis, temos o poder de nos embrenharmos tanto no enredo do filme que vivemos que o tornamos numa tragédia...um simples balançar maior e o barco inunda de forma irreversível!

Ás vezes são precisos dias para conseguir tirar a água do convés e sentir o deck seco e os pés firmes novamente.

Nos dias em que estou lúcida e o meu barco não está no meio da tempestade, tenho a capacidade de ver o barco dos outros em tormentas que me parecem desnecessárias, confusas e exageradas, e chego a ter pena da confusão que ali vai...esqueço-me que também eu tenho estas fases, complicadas e despoletadas por vezes apenas por falta de uma mensagem, um tok de telemóvel, ou um olá no MSN...Na verdade somos todos frágeis...

Mas nestas alturas em que estou perante a tormenta deste outro alguém quase que se me desenrola a língua num: " eu sei bem o que tu precisas...na minha casa, esta noite!" ...e depois penso...se calhar não é do que ele precisa...e páro a olhar para o ecrãn e deixo a imaginação apoderar-se...

terça-feira, junho 23, 2009

quarta-feira, junho 17, 2009

o silêncio das palavras

A informação chega até nós de diversas maneiras, e sempre, sempre filtrada através dos olhos, e expressão de quem a diz, pelos seus crítérios de justiça, moral e sensibilidade.

Ao conversar, ao expressar o que nos vai na alma e na mente tudo vem de acordo com o que pensamos, claro, o problema é quando chega ao receptor, que o recebe de acordo com os seus próprios critérios e que pode ou não deturpar o que ouve... e mais dificil se torna quando se tenta fazê-lo por escrita, pois perdem-se entoações, sorrisos, expressões de gozo ou tristeza.

Conclusão, não é fácil comunicar...não é fácil fazermo-nos entender...valerá a pena o desafio se não houver um motivo válido p o fazer?

...Vou manter-me calada, ás vezes o silêncio fala melhor por nós...

sexta-feira, junho 05, 2009

actos de loucura

...e se um desconhecido te oferecer flores...isso nem sempre é um impulso...pode ser um gesto premeditado...pode...mas e se não fôr? Se fôr apenas loucura?! Será loucura fazer o que nos apetece!?

Gosto de sentir as coisas à flôr da pele...e dentro dela...Sentir só por sentir não nos desperta, não nos acaricia os sentidos, apenas nos sopra o que poderia ser, o que nos passa ao lado. Para se estar vivo é preciso sentir na carne, vibrar, agarrar e entranhar! É preciso pular, gritar, rodar, rodar até flutuar sem peso, até o nosso riso se perder no som do vento, é preciso querer!!!

Hoje estou assim...anseio pelo atordoar do movimento, da energia em excesso, do acto de loucura!



Há quem opte pela estabilidade, pela aceitação dos momentos mortos...eu prefiro os vivos! Prefiro a surpresa!! Hoje estou assim...amanhã sou capaz de querer menos, de me contentar, mas hoje só quero ser surpreendida por mim mesma e pelos outros.

quinta-feira, junho 04, 2009

Ilusões

Habituamo-nos às coisas e muitas vezes de tal forma que as começamos a idealizar, a criar uma imagem da realidade que por vezes pode ser completamente distorcida da realidade.

Esperar por alguém, dedicarmo-nos, ou muitas vezes apenas imaginar essa pessoa pode ser bom e mau...Apoiamo-nos nessa existência, depositamos nela os pensamentos que flutuavam pela nossa cabeça sem dono ou objecto de paixão...São bengalas fortes, retiradas dos mais antigos carvalhos e que nos ajudam a não dobrar e a manter os ramos altos e viçosos. O perigo está em habituarmo-nos a este apoio, e como os relógios do Dalí, passarmos a ser uma imagem mole, que sem a bengala de suporte se espalharia pelo chão com os ponteiros a contar os minutos que passam com lentidão entediante.
Mas o Dalí nunca soube ser entediante...e agarramo-nos à ideia de que se um dia perdermos a bengala poderemos sempre escorregar para outro apoio e assim seguimos perdidos por realidades surrealistas, criadas por nós e fundamentadas apenas na nossa vontade de ver as coisas como as queremos ver.

O cérebro precisa de ser estimulado...precisamos de criar ilusões para que as células não morram e sejam constantemente renovadas.

Não tenho feito eu outra coisa senão isso mesmo...o meu cérebro deve estar tão estimulado que já deve até ter inchado! Só não me sai pelas orelhas porque de tanta ilusão já se compactou dentro da caixa craniana...talvez isto explique os mil e um pensamentos que teimam em reaparecer como luzes de néon insistentes e ofuscantes...

terça-feira, junho 02, 2009

tu e mim



(vídeo péssimo...mas só p não esquecer, ei-lo!


Amamos
Não estamos
Não somos
Deixamos
Sobramos
Às vezes
Amamos
Encalhamos
Afastamos-nos
Vamos-nos

Tu e mim

Bom assim

( Do blog 5 minutes for everything)