O silêncio que nos fica na alma após a ausência de alguém a quem queremos bem, é algo inexplicável...
Cada um tem o seu processo de adaptação, análise, interiorização...uns preferem ausentar-se de sentimentos, outros inundar-se deles...eu descobri que não estou bem nem de um modo nem do outro. Prefiro calar e perder-me no esforço do corpo e no esquecimento do espírito. Na verdade, só consegui absorver o acontecimento após diluir-me na água das limpezas, no pó das varridelas, no pano da loiça e na companhia de uma casa vazia e ao mesmo tempo tão cheia dos últimos pequenos almoços e serões prolongados!
A casa ficou um mimo, e eu fiquei limpinha de alma...ou pelo menos, com a ilusão de que tudo está onde deve estar, arrumado e ordenado.
sexta-feira, setembro 30, 2011
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