domingo, dezembro 27, 2009

O enviado...

Acabei de sair do cinema...
Vi sem dúvida um dos melhores filmes de animação/ficção/aventura (nem sei bem como chamar!) dos últimos tempos.
As imagens são de uma imaginação feroz e fantástica, muito bem conseguida e embora a história se trate de uma receita já mais do que experimentada, continua a servir para nos fazer sonhar, ou pelo menos a mim...
Eu, experimentada sonhadora e lamechas, não verti uma lágrima, e no entanto saí de lá com uma profunda nostalgia.

Conseguir ver para além do que realmente existe, sentir a ligação entre as coisas, entendê-las, respeitá-las e aceitá-las são por vezes coisas que não conseguimos fazer fácilmente, ou que, no meu caso, me custa sempre perceber se realmente o estou ou não a fazer.

As coisas acontecem na nossa vida, ao longo do nosso percurso e por vezes não as vemos bem, ou então achamos que vemos e que démos o passo certo...mas na verdade nunca existe um corrector celestial que nos indique se acertámos em cheio no que devíamos fazer ou se foi um tiro ao lado.

O filme, cheio de ideologias e mensagens é, e será sempre perfeito, porque são mil cabeças a lutar por um fim, para o levar a um objectivo final, para responder a uma exigência ao fim ao cabo criada por nós próprios. Mas na vida isso não existe, e eu questiono-me...

No meu trilho em particular, sei que tenho de abrir os olhos, sei que tenho de Ver para além do óbvio e que tu me viéste ajudar.

A melodia que me emprestaste veio acordar um dos meus sentidos já existentes, mas sempre camuflados. Fizéste-o, e sem que me tenha apercebido aceitei por palavras o que outrora havia recusado do mesmo modo, e agora tenho receio de o ter despertado cedo demais, de não saber o que estou a fazer ou se realmente acredito no que disse.

Sei que me trouxeste de volta uma lição que não passei anteriormente, sei que tenho de saber esperar, aceitar e dar espaço. E sei-o porque é precisamente quando normalmente estaria a querer aproveitar o pouco tempo que me resta, sei-o porque me atrasas, porque me obrigas a aceitar os tempos que outrora atropelaria, porque me guias em silêncio e em silêncio atrevo-me a aguardar.

Tu és o sábio que me que me vai fazer Ver...eu guio e tu guias-me...cada um do seu modo.

Eu Vejo-te...e sim, esta foi a altura certa...

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